domingo, 27 de agosto de 2017

Perdoados - I João 2:12

“Filhinhos, eu escrevo a vocês porque os seus pecados foram perdoados, graças ao nome de Jesus.” (1 João‬ ‭2:12‬)

Há um sentimento de culpa saudável. É aquele que serve como luz de alerta sempre que nos damos conta de termos feito algo nocivo à vida. Quando aparece, melhor é reconhecer o erro, avaliar as razões do cometimento, elaborar meios e firmar propósito para não repetí-lo. Se afetou terceiros, procurar a pessoa, pedir perdão e fazer os reparos possíveis.

Há quem experimente sentimento de culpa patológico. Esses não conseguem experimentar perdão. Vivem a angústia de quem não se perdoa. Precisam de ajuda terapêutica. Há os psicopatas que não experimentariam sentimento de culpa, segundo especialistas. Afundam em seus erros, prejudicando quem os atrapalhem em seus planos.

A todos, entretanto, a graça divina foi disponibilizada. Ninguém precisa carregar "ad aeternum" o peso, as dores, de seus desvio, de seus erros, de seus pecados. Foi para isto que Jesus morreu, teologicamente falando: para que nossos pecados fossem perdoados e pudéssemos recomeçar, sem as angústias que eles nos fazem sentir, sem a exploração e opressão de instituições religiosas pecaminosas.

sábado, 26 de agosto de 2017

Perdidos - I João 2:11

“Mas quem odeia seu irmão está nas trevas e anda nas trevas; não sabe para onde vai, porque as trevas o cegaram.” (1 João‬ ‭2:11‬)

Sinto-me um ET nas discussões entre calvinistas e arminianos sobre salvação. É que me convenci, primeiro, de que há textos bíblicos que amparam ambas as posições. Depois, de que há decisões divinas - como esta questão bíblico-teológica -  sobre as quais não temos controle e nada que fizéssemos poderia alterá-la. 

Por melhores que sejam a ordenação dos textos bíblicos, a racionalização do pensamento ou a citação do que disseram "grandes" teólogos, não somos capazes de alterar um plano ou uma decisão de Deus. Então, melhor é cuidarmos daquilo que podemos mudar e, no mais, confiar na soberania divina. Fora isso, percebo muito uso ideológico da religião, desfile de egos e masturbação teológica.

Há, porém, um tipo de perdido - gente que "não sabe para onde vai" -  cuja situação podemos ajudar a mudar. É a daquele que odeia. A presença do ódio no coração indica a ausência de comunhão com Deus e com os semelhantes. E a ausência de comunhão indica a presença de perdição. Portanto, se conseguirmos ajudar alguém a amar mais e odiar menos, ajudaremos a dissipar as trevas da perdição e a brilhar a luz da comunhão - que proporciona salvação tanto no aqui e agora quanto no lá e depois -. E a humanidade agradece.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Seres das luzes - I João 2:10

“Quem ama seu irmão permanece na luz, e nele não há causa de tropeço.” (1 João‬ ‭2:10‬)

Ao longo dos anos, convencionou-se dentro de muitas igrejas que "pedra de tropeço" - expressão cunhada por Jesus - seriam comportamentos contrários à moral evangélica estabelecida, isto é, a costumes definidos como pecaminosos, sem uma avaliação mais aprofundada da teologia bíblica ou das causas históricas que os fundamentassem.

À luz dessa compreensão, costumes como ir a cinema, frequentar "festas mundanas", cantar "músicas do mundo", mulheres usar calças compridas, determinadas maquiagens ou bijuterias, por exemplo, eram denunciados por alguns como obstáculos ao bom testemunho da igreja, à conversão de pessoas ao evangelho. Tais práticas eram condenadas e seus praticantes, em alguns casos, até excluidos da igreja.

Claro que há comportamentos que, por serem comprovadamente nocivos ao indivíduo e à coletivudade, depõem contra o testemunho cristão. Entretanto, a própria oração de Jesus nos ensina que o que leva pessoas a se converterem ao evangelho é a percepção que têm da comunhão amorosa genuina existente entre os discípulos de Jesus. Daí a contundência joanina: quem ama permanece na luz, ié, está na comunhão. A vida de quem ama não produz tropeço ao bem viver das e entre as pessoas.

sábado, 19 de agosto de 2017

Seres das trevas - I João 2:9

“Quem afirma estar na luz mas odeia seu irmão, continua nas trevas.” (1 João‬ ‭2:9‬)

As redes sociais tornaram possível a percepção do ódio antes apenas latente em alguns corações. Ele estava lá, mas emergia somente esporadicamente em momentos de conflitos iterpessoais isolados. Agora, esse sentimento tenebroso ganhou voz, visibilidade, e o que tem vindo à tona fede.

O fedor do ódio atinge nossas narinas através dos olhos. Torpedos violentos da podridão, de coraçöes antes aparentemente bondosos, atingem vidas distantes de si, através de simples toques dos dedos. Entrincheirados no conforto da casa, do escritório ou em veículos de transporte, gente de "esquerda" que sequer sabe o que é ser "esquerda" agride gente de "direita" que sequer sabe o que é ser "direita", e vice-versa, alguns até em nome de "Jesus, o Cristo", demonstrando não saber ou, quem sabe,  por saber o que significa "Jesus, o Cristo".

Através das palavras que escrevemos ou repercutimos, revelamos ou escondemos quem de fato somos. Nos declaramos de Deus, mas agredimos o próximo. Nos assentamos nos bancos das igrejas, mas demonstramos espírito belicoso na internet. Afirmamos ser da luz, mas nosso fazer apresenta indícios de  que podemos ser seres das trevas.

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Mensagem contemporânea - I João 2:8

“No entanto, o que escrevo é um mandamento novo, o qual é verdadeiro nele e em vocês, pois as trevas estão se dissipando e já brilha a verdadeira luz.” (1 João‬ ‭2:8‬)

O novo não era novidade. Era mandamento muito bem conhecido dos leitores. Na verdade era mandamento antigo. Se não era novo, como o próprio escritor declarou, por que, numa aparente contradição, o que não era novo de repente passa a ser?

A diferença era que, embora sendo o mesmo mandamento, o primeiro estava "no papel"; o segundo, na vida. Na vida de Jesus e de seus seguidores, a palavra que era antiga tornou-se nova. Era original e tornou-se contemporânea. Cumpriu seu objetivo apontando uma nova situação de amizade.

Quando a palavra de Jesus é encarnada, quando a mensagem sai do texto e ganha vida em nossos corações, brilha a luz da comunhão, da verdade, da justiça, inclusive social, dissipam-se as trevas da confusão, dos conflitos patológicos. E a mensagem original se torna contemporânea, bem diante dos nossos olhos.

domingo, 13 de agosto de 2017

Mensagem original - I João 2:7

“Amados, não escrevo a vocês um mandamento novo, mas um mandamento antigo, que vocês têm desde o princípio: a mensagem que ouviram.” (1 João‬ ‭2:7‬)

O que movia o coração de João em sua palavra à igreja não era ser original no sentido de criatividade. Era ser original no sentido cronológico, isto é, naquilo que, desde o princípio, estava presente na vida e ensinos de Jesus e que todos já haviam ouvido.

Não se tratava de mandamento novo, mas de algo que já fazia parte da cultura de fé dos leitores. Isso indica que a solução para o bem estar individual e coletivo estava bem diante deles, à disposição, bastando tão somente que a utilizassem como base dos relacionamentos, que a levassem a sério e a priorizassem nas escolhas.

Esse, portanto, é um tipo de mensagem conservadora que merece ser conservada por não ser uma manifestação excêntrica, covarde ou egoista de quem a proclama, mas por ser solidamente testada e fundamentada, cujos efeitos seriam bons para todos por atender aos interesses de bem-estar da coletividade.


quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Coerência - I João 2:6

“aquele que afirma que permanece nele deve andar como ele andou.” (1 João‬ ‭2:6‬)

A última parte do verso 2:5 - "Desta forma sabemos que estamos nele:" - não deveria, salvo melhor juizo, ter sido separada do 2:6, pois é a ele que ela está, gramaticalmente, vinculada. Quer saber se está em Jesus? Seja coerente, ande como ele andou.

Há quem leve o desafio ao pé da letra e imagina que isso significaria andar à pé, num barco ou num burrico, de sandálias, de vila em vila, enfim, apenas adotando costumes da cultura na qual Jesus estava inserido. Isso, além da possibilidade de uma boa dose de excentrismo, não retrata o que importa, de fato, ao sermos desafiados a imitar Jesus ou nos identificarmos com ele.

O que importa é, em nosso contexto sócio-histórico, nos relacionarmos com as coisas e com as pessoas regidos pelas mesmas atitudes que regeram a vida de Jesus, segundo lemos nas Escrituras Sagradas: atitudes  acrisoladas no amor.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Crente mentiroso - I João 2:4

“Aquele que diz: “Eu o conheço”, mas não obedece aos seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele.” (1 João‬ ‭2:4‬)

"De perto ninguém é normal", escreveu Caetano Veloso, defendendo, em "vaca profana", que todos trazemos em nós a capacidade para o bem e para o mal. Admitir isso não é para muitos, mas é essencial a quem deseja, com sinceridade, acertar na vida. Só se torna melhor quem é capaz de reconhecer seu pior e se dispõe a trabalhar para superá-lo.

Há, porém, quem opte por viver "de mentirinha".  Sob os holofotes age de uma maneira; nos bastidores, doutra. É óbvio que, como se diz, ser pouco sincero é um perigo, ser sincero demais é fatal. Administrar nossos erros e acertos envolve questão de segurança pessoal. Ser mentiroso, hipócrita, entretanto, é extremamente nocivo para si e para quem o rodeia.

Nenhum de nós é perfeito. Mas dizer-se conhecedor de Jesus e não se empenhar a amar - mandamento 1 de Jesus - é incoerência, é agir como mentiroso, desrespeitando a si mesmo, ao semelhante e ao próprio Deus. Se há verdade em nós, se conhecemos a Jesus, seu primeiro efeito é obedecê-lo no que ele mais viveu e ensinou: amar.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Obediência à palavra - I João 2:5

“Mas, se alguém obedece à sua palavra, nele verdadeiramente o amor de Deus está aperfeiçoado. Desta forma sabemos que estamos nele:” (1 João‬ ‭2:5‬)

Minha relação com a Bíblia é de reconhecimento, intimidade e gratidão. Nela medito diariamente. Os que me ouvem pelos púlpitos por onde passo sabem que minhas prédicas são preferencialmente textuais ou expositivas. Sinto-me, portanto, confortável para chamar a atenção à interpretação equivocada da expressão  "palavra" como sinônimo de Bíblia nos textos sagrados. Considero esse uso ignorância histórico-teológica ou conveniência político-psicológica.

Considero essencial que cada vez que a expressão "palavra" aparece na Bíblia, tenhamos conviccão de que o sentido é ou não técnico, como sinônimo de Escrituras, e a quais Escrituras se referia no contexto, de acordo com a cronologia da formação da Bíblia. Isso evita generalizações equivocadas, uso desonesto para com o ouvinte e ideologias político-religiosas opressoras, além de aumentar a precisão hermenêutica e nos preservar do mero papel publicitário de colportores.

"Se alguém obedece a sua palavra" ou "não obedece aos seus mandamentos", no texto de João, por exemplo, refere-se aos ensinos de Jesus e não tecnicamente à Bíblia, aos 10 mandamentos, etc. Essa ênfase não desvaloriza a Bíblia, não contraria nossa crença no pressuposto teológico da inspiração divina de seus autores, pelo contrário, possibilita maior precisão no ensino, focaliza nossa obediência àquele a quem entregamos nossa vida, nos remete a usar Jesus como crivo, como chave hermenêutica, em nossas leituras bíblicas, pois ele é o Senhor, a ele entregamos nossas vidas e dele somos servos.

domingo, 6 de agosto de 2017

Conhecer Jesus - I João 2:3

“Sabemos que o conhecemos, se obedecemos aos seus mandamentos.” (1 João‬ ‭2:3‬)

Quando Jesus foi interrogado sobre qual seria o maior dos mandamentos ele respndeu: “ ‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento’.
E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas”.” (Mateus‬ ‭22:37, 39-40‬)

Curioso, porém, é não reconhecermos e enfatizarmos o final da resposta: "Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas”. Por não prestarmos atenção às palavras de Jesus, nossas ações e pregações são desfocadas e equivocadas. Nos combatemos e nos machucamos pelos sintomas, quando a causa deveria mover nossa atenção e energia.

Jeus foi explícito e imperativo: "O meu mandamento é este: Amem-se uns aos outros como eu os amei.” (João‬ ‭15:12‬). O que me impressiona é: por que, se está tão claro, não praticamos? A resposta foi dada por João: não conhecemos Jesus. Digo eu: conhecemos muito declarações doutrinárias, pactos religiosos explícitos e silenciosos, política denominacional, mas Jesus, que declaramos ser nosso Senhor e Salvador, passamos a impressão que não.

sábado, 5 de agosto de 2017

Propiciação - I João 2:2

“Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos pecados de todo o mundo.” (1 João‬ ‭2:2‬)

Tenho conhecimento das críticas ao fato de proclamarmos o derramamento de sangue, por Jesus, como meio de remissão de pecados. Anacronismo à parte, a narrativa da crucificação de Jesus no madeiro e as aplicações teológicas posteriores apresentam pelo menos dois aspectos que merecem destaque.

O primeiro é a representação da manifestação da graça de Deus, que põe fim à necessidade de todo tipo de esforço humano de querer agradá-lo através de sacrifícios. Sejam os sacrifícios de animais das experiências judaicas às mantidas hoje por algumas religiões de origem afro; sejam as necessidades de promessas em alguns catolicismos; sejam os extorquimentos de "dízimos" reativados em cultos neo e pós pentecostais ou mesmo as práticas de ativismo religioso de alguns protestantismos, a propiciação de Jesus põe fim a tudo isso como meio de agradar a Deus.

Além disso, a propiciação universaliza a fé em Jesus, possibilitando que indivíduos de qualquer cultura, inclusive religiosa, de qualquer parte do mundo, experimentem libertação das angústias que suas culpas lhes impõem. Em vez de negar o pecado, abrindo caminhos para cada um "fazer o que lhe der na telha", porta de entrada do inferno existencial, a propiciação de Jesus reafirma o pecado, retira o poder opressivo ou destruidor dos caminhos institucionais e aponta uma solução graciosa, eficaz e libertadora, pela fé.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Proclamação da santidade - I João 2:1

“Meus filhinhos, escrevo a vocês estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo.” (1 João‬ ‭2:1‬)

Quando ouvi, pela primeira vez, que Jesus, ao morrer na cruz do Calvário, teria pago os pecados que havíamos cometido no passado, no presente e também os que cometeríamos no futuro, o primeiro pensamento que me ocorreu foi que estávamos livres para pecar. 

Somente depois fui compreender que, quando somos possuídos pela graça divina, nosso prazer não está em pecar, mas em fazer o que é saudável. Aprendi que Deus disponibiliza ferramentas para nos auxiliar nisso, tais como seu Espírito Santo e sua "palavra", que iluminam nossos corações e nossos pés para que trilhemos por caminhos de saúde e não de enfermidade, de vida e não de morte.

Mais importante, ainda, foi saber que, por sua graça, sabendo que somos limitados e sujeitos a pecar, dispomos de seu filho Jesus, como advogado, intercedendo por nós em nossas fraquezas e não de um juiz com dedo em riste, pronto a nos senteciar com uma condenação. Assim, um prazer conciente e não um sentimento doentio de medo e culpa passou a dirigir minhas escolhas cotidianas, alimentando a paz em meio às aflições das tentações.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Deus mentiroso - I João 1:10

“Se afirmarmos que não temos cometido pecado, fazemos de Deus um mentiroso, e a sua palavra não está em nós." ‭‭(1 João‬ ‭1:10‬)

O Deus que se revela em Jesus é digno de confiança. Aquilo que através dele nos é revelado sobre o ser humano retrata o que o ser humano é. Aquilo que nos é revelado sobre as consequências de nossas escolhas retrata aquilo que nos tornaremos segundo as escolhas que fizermos. Mentira não caracteriza a "personalidade" divina.

Aquilo que a história de mulheres e homens com ele, registrada na Bíblia, revela sobre o caráter da humanidade é aquilo que a humanidade é, em todas as épocas e lugares. E o que é comum a todas as pessoas é sua condição de pecadoras, isto é, de seres desviados, seja pela comunhão quebrada com Deus, seja pela quebra de códigos de ética.

Negar isso é o mesmo que negar a fidelidade divina; é transformar Deus em mentiroso; é transparecer que sua palavra não está em nós. Isso se torna ainda mais danoso quando, desconsiderando que João estava escrevendo à igreja, agimos como se pecadores fossem os outros, não nós, e nos transformamos - como igreja -  em tribunais da vida alheia, repito, como se pecadores fossem os outros.

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Confissão - I João 1:9

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça." (1 João‬ ‭1:9‬)

Confissão é ato terapêutico. Negar pecado pode produzir efeitos negativos, inclusive em nossos corpos. Davi, o rei de Israel, experimentou isso. Ele disse: “Enquanto eu mantinha escondidos os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer. Pois dia e noite a tua mão pesava sobre mim; minhas forças foram-se esgotando como em tempo de seca." (Sal. 32:3-4).

Confissão é ato restaurador de nossa saúde quando brota do fundo de nossa alma, como reconhecimento do maleficio que representa para si ou para terceiros. Se for apenas para agradar pregadores chantagistas ou rituais de instituição religiosa, pouco valor tem. No máximo abranda provisoriamente o sentimento de culpa (remorso) sem gerar uma nova mentalidade (arrependimento) diante do erro.

Confissão diante de Deus não gera provas contra nós, não exige pagamentos, muito menos nos deixa endividados. Basta estarmos sendo sinceros no reconhecimento e na disposição para mudar (arrependimento = metanóia, no grego = mudança de mentalidade) que a promessa de perdão se cumprirá. Nisso podemos confiar, pois Deus é fiel e justo. Daí a decisão de Davi: "Então reconheci diante de ti o meu pecado e não encobri as minhas culpas. Eu disse: “Confessarei as minhas transgressões, ao Senhor ”, e tu perdoaste a culpa do meu pecado.” (Salmos‬ ‭32:5‬).

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Pecado - I João 1:8

“Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamos a nós mesmos, e a verdade não está em nós.” (1 João‬ ‭1:8‬)

Podemos não gostar da palavra "pecado", podemos substituí-la por outras mais palatáveis que não nos remetam ao universo religioso, mas não podemos fugir do fato de que, qualquer que seja o nome usado, o fenômeno está em nós e  entre nós e não reconhecê-lo e combatê-lo produz consequências negativas.

Improbidade, injustiça, infração, falta, por exemplo, são alguns sinônimos e significam algum tipo de atitude, palavra ou acão cujo cometimento traz prejuizo de alguma natureza à pessoa, ao próximo, ao interesse público ou a um meio ambiente favorável ao bom desenvolvimento da vida.

Não é saudável, portanto, não admitirmos que somos pecadores; que não poucas vezes, seja conscientemente ou não, "erramos o alvo" (significado de pecado que, no grego, é amartia); que nos desviamos de objetivos desejáveis. Reconhecer, admitir o fato, nos torna verdadeiros, o que é pré-condição para uma vida individual e coletivamente saudável (ou santa na linguagem sacerdotal).