sábado, 31 de dezembro de 2016

Feliz 2017 !!!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Amanhã

Amanhã 
(A propósito da mudança de Raphael pra Copenhague).

Amanhã começa um novo tempo
Novas situações estarão diante de você
Elas trarão consigo múltiplas possibilidades.
Com elas virão momentos de prazer 
que podem resultar em dor,
Mas poderão vir momentos de dor 
que resultarão em prazer.
Melhor ainda se vierem momentos de prazer 
que aumentem seu próprio amor.

Lembre-se: 
sua dor não é só sua, 
seu prazer não é só seu.
O que você sente de bom e de ruim,
Rebate primeiro em você,
Mas também rebate em mim.
Quando fizer suas escolhas, 
faça-as pensando primeiro em você,
Mas não se esqueça, portanto, de mim.

Mim eu,
Mim sua mãe,
Mim sua irmã,
Mim seus parentes
Mim seus amigos
Que também torcem 
e vibram com suas vitórias
Que também sofrem 
e choram com suas dores.

Amanhã você começa um novo tempo.
Busque graça, alegria, saúde, harmonia.
Se com isso vierem experiências desagradáveis,
Lembre-se: sempre depois, vem um novo dia.
Bj

sábado, 24 de dezembro de 2016

Papai Noel X Jesus, no Natal

Papai Noel não é páreo para alguém "que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se".

Você acha que um Jesus, que foi capaz de abrir mão da condição divina pra ser servo e agir o ano inteiro como presente de Deus em nossos corações, estaria preocupado com um Papai Noel que aparece uma vez pro ano pra ficar com a fama de dar presente que todos sabemos não ser real?

Páreo pra Jesus é o egoismo, a falta de solidariedade, o desamor, a idolatria do ter, a injustiça individual e social, o individualismo, o poder usurpador, enfim, que alimentamos o ano inteiro em nossos corações e em relacionamentos interpessoais e, pior, a falsidade que, depois disso tudo, nos encoraja a nos vestirmos de Papai Noel no Natal e sairmos pelas festas e redes sociais distribuindo presentinhos e sorrisos muita vez incompatíveis com o que fizemos durante o ano com as pessoas.

Se você tem se empenhado pra agir generosamente, não só em termos materiais, mas também espirituais, emocionais, sociais, enfim, durante o ano, você tem autoridade até pra se vestir de Papai Noel, cantar musiquinhas natalinas e curtir com alegria este momento cultural de fraternidade, sem precisar colocar-se moralmente em defesa de Jesus de Nazaré contra Papai Noel.

Aliás, nem de defesa Jesus precisa, pois sabe muito bem se defender, da forma que julga adequada e não com o seu e o meu discurso. Jesus não precisa de advogado ou defensoria, mas de amigos-servos...

Com Noel e suas musiquinhas ou não, "seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz! Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.” (Filipenses‬ ‭2:5-11‬)

Feliz Natal bem nordestino!
Edvar Gimenes de Oliveira

(Com Gláucia Gimenes, Mônica GH, Raphael Carvalho Gimenes & Cia Ilimitada)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Úteis, todos somos; inocentes, jamais.

O chato de ter sido expulso do Jardim do Éden é ter que conviver com o conhecimento do bem e do mal, da esquerda e da direita, não ou sim respectivamente, sabendo que úteis todos somos; inocentes, jamais. 

Davi quiz escapar com o famoso: “Senhor, o meu coração não é orgulhoso e os meus olhos não são arrogantes. Não me envolvo com coisas grandiosas nem maravilhosas demais para mim. De fato, acalmei e tranquilizei a minha alma. Sou como uma criança recém-amamentada por sua mãe; a minha alma é como essa criança.” (Salmos‬ ‭131:1-2‬). 

O fato, porém, é que ele -Davi - era o grande dentre os seus, detinha o poder, dava as ordens e quando estava para morrer, não exitou em aconselhar Salomão: vida para os meus aliados; aos adversários, morte. Se não sabe, leia (especialmente as frases em maiúsculo): 

Quando se aproximava o dia de sua morte, Davi deu instruções ao seu filho Salomão: “Estou para seguir o caminho de toda a terra. Por isso, seja forte e seja homem. Obedeça ao que o Senhor, o seu Deus, exige: ande nos seus caminhos e obedeça aos seus decretos, aos seus mandamentos, às suas ordenanças e aos seus testemunhos, conforme se acham escritos na Lei de Moisés; assim você prosperará em tudo o que fizer e por onde quer que for, e o Senhor manterá a promessa que me fez: ‘Se os seus descendentes cuidarem de sua conduta e se me seguirem fielmente de todo o coração e de toda a alma, você jamais ficará sem descendente no trono de Israel’. 

"VOCÊ SABE MUITO BEM O QUE JOABE, filho de Zeruia, ME FEZ; o que fez com os dois comandantes dos exércitos de Israel, Abner, filho de Ner, e Amasa, filho de Jéter. Ele os matou, derramando sangue em tempos de paz; agiu como se estivesse em guerra, e com aquele sangue manchou o seu cinto e as suas sandálias. Proceda com a sabedoria que você tem e NÃO O DEIXE ENVELHECER E DESCER EM PAZ À SEPULTURA

"MAS SEJA BONDOSO COM OS FILHOS DE BARZILAI, de Gileade; admita-os entre os que comem à mesa com você, pois ELES ME APOIARAM quando fugi do seu irmão Absalão

 “Saiba que também está com você Simei, filho de Gera, o benjamita de Baurim. ELE LANÇOU TERRÍVEIS MALDIÇÕES CONTRA MIM no dia em que fui a Maanaim. Mas depois desceu ao meu encontro no Jordão e lhe prometi, jurando pelo Senhor, que não o mataria à espada. Mas, agora, NÃO O CONSIDERE INOCENTE. Você é um homem sábio e saberá o que fazer com ele. APESAR DE JÁ SER IDOSO, FAÇA-O DESCER ENSANGUENTADO À SEPULTURA”. 

Então Davi descansou com os seus antepassados e foi sepultado na Cidade de Davi. Ele reinou quarenta anos em Israel: sete anos em Hebrom e trinta e três em Jerusalém. Salomão assentou-se no trono de Davi, seu pai, e o seu reinado foi firmemente estabelecido.” (1 Reis‬ ‭2:1-12‬). 

Úteis, todos somos; inocentes, jamais.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

O jogo político e a corrupção

Meus amigos. Toda escolha que fazemos tem repercussão política. Toda escolha que fazemos beneficia ou prejudica os interesses de um lado.

Considerando que há bandidos em todos os partidos você pode calcular qual partido será mais ou menos beneficiados pela quantidade bandidos que você sabe ter em um ou outro.

(Ter bandido não é o único critério para escolha partidária, claro. A escolha partidária depende da cosmovisão que temos em relação aos interesses da coletividade e das consequências que a implementação das políticas do partido terá para o todo, no tempo e no espaço)

Além disso, nossas escolhas são como num jogo de xadrez. Como repercutirão duas, três, quatro rodadas depois é hipotética. Pode ser que acertamos ou não. Portanto, no jogo político não há como precisar quem será mais ou menos prejudicado, apenas levantar hipóteses.

Por isso, entendo que, embora saibamos que nossas escolhas repercutirão em benefício ou prejuizo de algum partido que tenha mais ou menos bandidos em seus quadros, a decisão a meu não deve ser apenas como se estivéssemos participando de um jogo político.

Entendo que devemos ter em mente quais condutas são mais benéficas ou prejudiciais ao estabelecimento da justiça social, ao bem estar da coletividade e não titubear em nossa escolha.

Há um jogo político em curso, sempre há, e podemos até ser acusados de estarmos sendo inocentes úteis em favor deste ou daquele lado. Mas não é isso que deve nortear nossa escolha. O importante é que você tenha claro em sua mente se acredita que a corrupção deve ser tolerada ou não; ter consciência das repercussões políticas, inclusive nos relacionamentos interpessoais, e ter coragem para posicionar-se.

A primeira decisão é: sou a favor ou contra a corrupção?

A segunda é: estou consciente ou não das repercussões políticas da minha escolha?

A terceira é: agirei movido pela conveniência política ou pela convição ética?

Isso não é moralismo, é inteligência a serviço da sobrevivência de todos numa visão de longo prazo.

E aí, está pronto a decidir?

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Uma carta que mexeu com meu coração

Salvador, 14/10/2016.

Amado Pastor Edvar,
A minha fidelidade e o meu amor o acompanharão...”Salmo 89:24
Dirijo-me ao senhor nesse momento com triste sentimento de perda: a nossa igreja está perdendo o seu pastor e eu, na qualidade de membro dessa igreja, sinto-me frustrada, decepcionada, vendo-o partir.
 Eu, que acreditava na sua permanência na Igreja Batista da Graça por muitos e muitos anos, que sempre o vi como o pastor ideal, sempre revestido de compreensão, delicadeza, simpatia e de grande respeito pelo seu rebanho, fui pega de surpresa e, estupefata, ainda me recuso a aceitar sua renúncia. 
       Somos testemunhas do como o senhor cuidou de suas ovelhas, guiando-as com a  dignidade dos sábios e lucidez cristã, com a autonomia e a autoridade que o cargo lhe conferia, à semelhança dos profetas e homens de Deus.
Com o senhor, vislumbramos um mundo mais transparente, mais verdadeiro, despido de preconceitos; aprendemos a ler também a Bíblia nas suas entrelinhas e assim perceber adimensão dos seus personagens bíblicos com seus erros e acertos; vimos a importância da leitura contextual e o perigo da leitura literal dos textos; descobrimos a necessidade das interpretações bíblicas mais atualizadas e enriquecedoras para compreensão do comportamento humano. E mais, muito mais ficou em nós fortalecendo e embelezando a nossa alma de cristãos.
Ficaremos, doravante, sem seus belos sermões carregados de vida, de otimismo, perdão e amor. Não mais desfrutaremos da sua palavra, despida  daqueles velhos chavões já desgastados,daquelas críticas destituídas de conhecimento e informações que humilham e desprezam grupos de pessoas vítimas de opressão.
Obrigada, pastor! A Igreja Batista da Graça aprendeu muito com a sua mensagem renovadora, provida deautenticidade, senso de justiça e, sobretudo, de coragem para proferi-la. Deu o seu recado; disse a que veio.
Pessoalmente, deixo registrada minha gratidão. Por favor, recomende-me carinhosamente à Gláucia e receba meu abraço e de minha família.
O seu rebanho está chorando, pastor. Sentirá a sua faltapois ainda está a precisar muito das suas lições. 
Fraternalmente em Cristo,
Ellen  

P.S. Em tempo, externo minha solidariedade pelo falecimento da  senhora sua mãe. 


sábado, 19 de novembro de 2016

Sofrendo com o Garotinho


Em seu livro, O Foco, Daniel Goleman dedica um capítulo intitulado  "a triade da empatia". Refere-se à "empatia cognitiva", "empatia emocional" e "preocupação cognitiva". Trata da empatia que nos leva a compreender a dor do outro, a nos unirmos à dor do outro e a nos preocuparmos com o outro, respectivamente.

Segundo ele, "o circuito de empatia foi projetado para momentos em que estamos frente a frente com o outro".

"Um lado mais sombrio da empatia cognitiva emerge quando alguém a utiliza para identificar a fraqueza de uma pessoa e tira vantagem disso. Essa vantagem caracteriza sociopatas, que usam a empatia cognitiva para manipular outrem".

Ele mostra como o contato visual gera uma conexão emocional e une os cérebros dos envolvidos. Mostra também como, quando assimilamos os sinais faciais, vocais e outros indícios de emoções, entramos em sintonia com a pessoa.

Quando vi a cena envolvendo Garotinho, ainda no twitter, antes de viralizar e ir à TV, fui tocado pela fala da filha, em meio ao choro: "meu pai não é bandido". Fui tocado também pela humanidade de um homem poderoso esperneando como uma criança diante da punição por erro grave e, de repente, percebi que havia esquecido tantos males atribuidos a ele durante os anos de poder em desfavor de milhões de seres humanos.

Depois disso, de volta à realidade, pus-me a pensar em como equilibrar o sentimento de empatia com a necessidade de justiça.

Pior é que, no contexto político, cada um usa a emoção que sentiu e o conhecimento que tem de como o outro reage emocionalmente, para tirar proveito político de imediato ou do que possa vir a ocorrer consigo próprio ou com seus aliados quando e estão na mira da PF, do MPF, da RFB  e do Poder Judiciário

As vezes lemos um texto extremamente racional que nos tira do foco anterior que nos movia frente a uma situação, sem sabermos que, antes da escrita racional, com linguagem acadêmico-científica até, houve no autor um mover emocional, como bem explicita Rubem Alves, que tb era psicanalista, na introdução do seu livro Protestantismo e Repressão (relançado como Religião e Repressão).

Passada, então, a euforia da transferência de Garotinho para o Complexo Prisional de Bangu, é hora de reavaliar nossas emoções frente a realidade de corrupção, seja em que grau e de que natureza for, e de todos os males que ela causa a milhões de brasileiros e continuar lutando para que vilões não sejam transformados em vítimas e "tudo continue como dantes no quartel de Abrantes".

Lembremo-nos: uma coisa é o fato, outra, a interpretação do fatos e outra ainda, a aplicação política do fato, que visa tirar proveito para si ou para aliados.



domingo, 16 de outubro de 2016

A Cristolândia no Programa da Sabrina

Ontem assisti uma parte do Programa da Sabrina. Sério. 

Sempre que vejo testemunhos relacionados ao Ministério Cristolândia, lembro-me da história do jovem, o escritor e as Estrelas-do-Mar.

"Era uma vez um escritor que morava em uma praia tranqüila, próximo a uma colônia de pescadores. 

Todas as manhãs ele caminhava à beira do mar para se inspirar e, à tarde, ficava em casa escrevendo. 

Certo dia, caminhando pela praia, viu um vulto ao longe que parecia dançar. Ao chegar perto, reparou que se tratava de um jovem que recolhia estrelas-do-mar da areia, para, uma a uma, jogá-las de volta ao oceano, para além de onde as ondas quebravam. 

"Por que você está fazendo isto?", perguntou o escritor. 

"Você não vê?", explicou o jovem, que alegremente continuava a apanhar e jogar as estrelas ao mar, "A maré está vazando e o sol está brilhando forte... elas irão ressecar e morrer se ficarem aqui na areia." 

O escritor espantou-se com a resposta e disse com paciência: "Meu jovem, existem milhares de estrelas-do-mar espalhadas pela praia. Você joga algumas poucas de volta ao oceano, mas a maioria vai perecer de qualquer jeito. De que adianta tanto esforço, não vai fazer diferença?" 

O jovem se abaixou e apanhou mais uma estrela na praia, sorriu para o escritor e disse: "Para esta aqui faz....", e jogou-a de volta ao mar. 

Naquela noite o escritor não conseguiu escrever, nem sequer dormir. 

Pela manhã, voltou à praia, procurou o jovem, uniu-se a ele, e, juntos, começaram a jogar estrelas-do-mar de volta ao mar."

Sei um pouco da problemática das drogas e as causas de diversas naturezas que a envolve, como as psicológicas, existenciais, políticas, econômicas, espirituais, etc. 

Sei um pouco também das discussões e teorias que giram em torno da recuperação de dependentes  químicos, sejam psicológicas, psiquiátricas, filosóficas ou religiosas. 

Por isso sei o quanto muitos entendem que essa é uma luta sistemicamente já perdida e, por isso, todo o investimento financeiro, organizacional, de tempo ou de pessoal, feito pelas igrejas batistas seria em vão. 

Concordo. O problema sistêmico não será resolvido somente através do que os batistas estão fazendo, mas que está fazendo diferença para milhares de indivíduos, suas famílias e amigos, isso está.

Por isso, ao assistir o Programa da Sabrina nessa noite, agradeci muito a Deus por projetos como o da  Missão Batista Pelourinho, do CRERÁ, do Metanóia, do Desafio Jovem e da Cristolândia que, se não têm solução para o problema das drogas no país, têm sido solução para o problema de milhares de pessoas.

Parabéns a líderes como Aurizer Sena, Décio Pimentel, Jorge Alonso, Cristiano Robson, Fernando Brandão, Paulo Eduardo Gomes Vieira e tantos outros que têm dedicado energia, conhecimento, tempo, dinheiro, patrimônio neste ministério desafiador.

Parabéns a todos que têm orado, ido "às ruas" ou contribuído com dinheiro ou outros bens em favor desta causa.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Eu, moralista?

Quanto mais o tempo passa, mais me convenço do quão ignorante sou. 

Exemplo: comprei uma mesa de jantar, paguei com dinheiro que juntei como fruto do meu trabalho. Fiz tudo na forma da lei, tanto na maneira de fazer dinheiro com meu trabalho, quanto na de efetuar a compra. Tudo na forma da lei.

Daí, alguém entrou na minha casa e levou minha mesa, isto é, roubou...

Entrei com uma ação judicial pra rever minha mesa de jantar e, por isso, comecei a ser classificado, pra não dizer xingado, como moralista.

O juiz que analisou o processo, concluiu que fui roubado e, por isso passou a ser chamado de moralista.

Já o cara que invadiu minha casa, levou minha mesa de jantar passou a ser classificado como vítima do moralismo.

Estou com um nó na cabeça... O imoral sou eu ou quem roubou minha mesa de jantar?

Se eu entrar na sua casa, estuprar sua mãe, sua esposa ou sua filha, você se verá como moralista porque defende que eu seja penalizado? Se o juiz me condenar por isso, você concorda que ele seja classificado pejorativamente como moralista?

Me ajuda nesta minha ignorância. Tô falando sério. Alguém pode me esclarecer?

sábado, 8 de outubro de 2016

O Lago de Garça


Anteontem o lago estava triste.
Anteontem o lago estava frio.
Anteontem o lago estava em silêncio.
Anteontem o lago estava vazio.

 Anteontem o lago não tinha música.
 Anteontem o lago descoloriu.
 Anteontem o lago não tinha festa.
 Anteontem o lago estava sombrio.

 Anteontem o lago não tinha gente.
 Anteontem o lago preferia ser rio.
 Anteontem o lago estava parado.
 Anteontem o lago estava por um fio.

sábado, 1 de outubro de 2016

Tudo bem?


Me perguntam se estou bem.
Eu respondo: bem...
Bem é um estado que medimos pela média.
Se nada nos vai mal, dizemos estar bem.
Se a expectativa é tudo estar como gostaríamos, dizemos: bem...

Geralmente quem nos pergunta se estamos bem não o faz literalmente.
Geralmente quando respondemos que estamos bem, não o fazemos literalmente.
Geralmente, pergunta e resposta sâo apenas um veículo de comunicação oral.
Eu finjo que estou interessado em você.
Você corresponde ao meu fingimento dando-me 3 letras de atenção: bem.

E ai de quem se atreve a ir além na pergunta ou na resposta.
Se te perguntam se você está bem e você passa a contar sua situação, quem perguntou geralmente esboça um sorriso, balbucia "é a vida" e anuncia que tem um compromisso ou olha pro relógio que é quase a mesma coisa.

Nós é que precisamos perguntar a nós mesmos se estamos bem.
Há algo nos incomodando?
Há algo que sentimos falta?
Há algo nos entristecendo?
Cabe a nós encontrarmos respostas e buscarmos soluções.

Em tempo: Se encontrar alguém, cujo tom de voz na pergunta "tudo bem?" passar o sentimento de empatia, aproveite, mas não abuse. Isso é raro. Fale tudo que puder, atento a se a pessoa está ouvindo somente tudo que puder. Se conseguir equlibrar isso, pode ter encontrado um amigo... Aí a conversa é outra...


Tudo bem?

Bem...

Me perguntam se estou bem.
Eu respondo: bem...
Bem é um estado que medimos pela média.
Se nada nos vai mal, dizemos estar bem.
Se a expectativa é tudo estar como gostaríamos, dizemos: bem...

Geralmente quem nos pergunta se estamos bem não o faz literalmente.
Geralmente quando respondemos que estamos bem, não o fazemos literalmente.
Geralmente, pergunta e resposta sâo apenas um veículo de comunicação oral.
Eu finjo que estou interessado em você.
Você corresponde ao meu fingimento dando-me 3 letras de atenção: bem.

E ai de quem se atreve a ir além na pergunta ou na resposta.
Se te perguntam se você está bem e você passa a contar sua situação, quem perguntou geralmente esboça um sorriso, balbucia "é a vida" e anuncia que tem um compromisso ou olha pro relógio que é quase a mesma coisa.

Nós é que precisamos perguntar a nós mesmos se estamos bem.
Há algo nos incomodando?
Há algo que sentimos falta?
Há algo nos entristecendo?
Cabe a nós encontrarmos respostas e buscarmos soluções.

Em tempo: Se encontrar alguém, cujo tom de voz na pergunta "tudo bem?" passar o sentimento de empatia, aproveite, mas não abuse. Isso é raro. Fale tudo que puder, atento a se a pessoa está ouvindo somente tudo que puder. Se conseguir equlibrar isso, pode ter encontrado um amigo... Aí a conversa é outra...


quinta-feira, 29 de setembro de 2016

É hora de partir da Igreja Batista da Graça.SSA


Chegou a hora de partir. Partir, dividir, separar, são palavras que trazem em si uma carga de dor e tristeza. A elas, sempre associamos a ideia de deixar pra trás algo que gostaríamos de levar conosco. Mas, se pudéssemos levar conosco, não estaríamos partindo, apenas seguindo em frente.

Chegou a hora de seguir em frente, partindo.

Aqui chegamos em janeiro de 2005. Não viemos por necessidade material ou de realização profissional. Onde estávamos e o que fazíamos supria suficientemente essas nossas necessidades. Viemos por um impulso que denominamos “chamado”. Viemos por intuir que havia uma missão a cumprir. Viemos por deduzir que o que nos impulsionava era divino.

Para vir pra cá, deixamos pra trás o sonho que milhares, quiçá milhões, de pessoas acalentam – morar nos Estados Unidos -, mas que nunca havia sido sonho nosso. Para lá fomos por entender tratar-se de uma porta que Deus abriu inesperadamente pra nossa família. Olhando para trás, não temos dúvidas de que Deus nos abençoou com aquela oportunidade.

Vamos partir da mesma forma que partimos dos ministérios por onde passamos: por uma decisão interior consolidada e não por falta de condições ou ambiente de trabalho. Nossa filosofia tem sido nunca partir deixando a instituição à qual servimos em situação pior do que a que encontramos. Nunca conseguimos deixá-las em condições ideais, primeiro, porque nossos ideais são nossos e não de todos, muito menos de Deus; depois, por não sermos nem termos a pretensão de ser o protótipo da perfeição. Mas sempre nos empenhamos para deixar o barco em condições de continuar navegando, de preferência melhor do que quando assumimos.

Não podemos, claro, dizer o mesmo quanto aos relacionamentos. Não deixamos todos os relacionamentos vivenciados melhores do que no início. Se há alguma coisa na qual conseguimos imitar Jesus – e ainda assim não pelos mesmos motivos nobres dele – é na capacidade de gerar tensões. Nesse quesito, não há como não sair em desvantagem. Quando chegamos, não tínhamos problemas com ninguém. Agora, saímos desafinados com vários. Ainda bem que, como diria tom Jobim, “no peito dos desafinados também bate um coração”. Enquanto o coração bater, há oportunidade para buscar-se harmonia, mesmo dissonante.

Assumimos a Igreja Batista da Graça cientes de que havia uma crise. A igreja vivia momentos de divisão parcialmente consolidada em mais de uma direção, com 2 de seus 3 pastores de longo tempo, diversos de seus líderes fundadores e dezenas de seus membros tendo partido.

O Centro Comunitário estava sob “aviso prévio” da Visão Mundial, organização responsável por aproximadamente 50% de suas receitas e por quase todos os projetos em desenvolvimento e já existia uma comissão estudando a continuidade ou não da Escola Municipal em suas dependências.

Com esse perfil assumimos seu pastorado e lideramos a igreja por caminhos difíceis. Em alguns momentos parecia-nos que o barco afundaria, mas Deus foi gracioso enviando anjos – seres de carne e osso que se compadeceram e nos ajudaram – e juntos controlamos as fontes de crises político-patológico-espirituais.

Nesse período, além da transição necessária à Igreja e ao CECOM, acabamos nos envolvendo também em um processo de transição na Convenção Batista Baiana durante 4 anos. Da mesma forma, Deus enviou anjos para fazer o que não teríamos competência técnica, política e espiritual para realizar e também sobrevivemos às turbulências.

Podíamos não ter noção da profundidade e natureza dos problemas, mas tínhamos noção de quem nos conduzia, por isso, ainda que por vezes temerosos, enfrentamos os desafios e fomos agraciados.

Sempre que partimos, sabíamos um pouco dos desafios que nos esperavam e sabíamos para onde íamos. Hoje, porém, sabemos apenas que chegou a hora de partir. Não sabemos para onde vamos, nem que desafios nos esperam, mas estamos convictos de “com quem” estamos indo e isso nos anima a seguir em frente.

Não estamos partindo por problemas da ou com a Igreja Batista da Graça. A IBG tem um perfil atípico e uma estrutura organizacional com um grau de complexidade diferente, mas é isso também que faz com que ela seja a igreja abençoadora que é. Partimos por uma consciência de que precisamos de um tempo diferenciado para refazer as energias e por um desejo de perceber com mais nitidez algo que acreditamos ser de Deus, mas que ainda não está claro em nossos corações. Fatos de diversas naturezas vividos nesses 3 últimos meses aprofundaram nossa convicção disso.

Guardando as devidas proporções e pretensões, partimos tendo como norte as palavras “sai da sua terra... e vá para a terra que eu lhe mostrarei”. “Não tenha medo! Eu sou o seu escudo; grande será a sua recompensa”. (Gen. 12:1, 15:1). Hoje não temos nenhuma certeza – o que não é novidade -, exceto de que estamos muito bem acompanhados, assim como a Igreja também continuará muito bem acompanhada.

É hora de partir. Obrigado Deus. Obrigado Igreja Batista da Graça.


Edvar Gimenes de Oliveira e Gláucia Carvalho Gimenes

sábado, 10 de setembro de 2016

Amor a missões, uma senha para o pecado.

Edvar Gimenes de Oliveira

Uma das palavras mais fortemente incentivadas no meio batista é a palavra “amor a missões”. Por ter um significado positivo entre nós e, portanto, trazer consigo um forte elemento de aceitação, de inclusão, todos os que circulam nos meios denominacionais batistas, especialmente pastores e líderes, se empenham para, de alguma forma, associar seu nome à frase “amor a missões”.

Ter o nome associado a esta frase é uma espécie de senha que permite acesso a todos os espaços de poder e prestígio denominacionais. Para conseguir essa senha, basta participar de viagens missionárias; contribuir para algum programa de Adoção Missionária; comparecer a congressos missionários; integrar-se em um grupo de promoção missionária; contribuir financeiramente para uma agência missionária ou, pelo menos, declarar, repetida e publicamente seu “amor a missões”. Isso o tornará uma pessoa recebida com elogios, aplausos até, especialmente entre os que trabalham com organizações que sustentam missionários.

A questão é que isso cria um problema à obra genuinamente missionária, um problema bastante simples. É que enfatizar “amor a missões” leva muitos a colocar a atividade meio acima da atividade fim, a substituir o criador pela criatura e o amor às pessoas no cotidiano pelo amor às empresas que atuam como agências missionárias e aos seus empreendedores.

Não por acaso, conhecemos pessoas que são extraordinárias promotoras de missões, que arrancam leite de pedra em nome de missões, mas também são capazes de arrancar o sangue do seu “irmão” que não se iguala a elas nas prioridades eclesiásticas, nos valores espirituais a serem enfatizados, nas atividades a serem desenvolvidas.



Pessoas que foram ensinadas a amar missões sem ser-lhes dito que “amar a missões” não é amar agências missionárias, seus dirigentes e empreendedores, em detrimento do amor a Deus e ao próximo; que para Deus, todo o dinheiro que é levantado por “amor a missões” sem o correspondente amor – que se manifesta em respeito - ao próximo no cotidiano de nada vale.

Não há na Bíblia uma só recomendação para que amemos missões.

A recomendação é, primeiro, que amemos a Deus sobre todas as coisas e, depois, ao próximo como a si mesmo. Ela alerta: se dissermos que amamos a Deus a quem não vemos e não amarmos ao próximo, a quem vemos, somos chamados de mentirosos. Isso, mesmo que em alto e bom som, através de atitudes, palavras ou ações, declaremos “amor a missões”.


Observe que nem estou falando do paradigma errado que define missões como multiplicação de igrejas. Estou enfatizando que, se queremos mesmo que a frase “Jesus transforma” seja eficaz, é essencial deixarmos claro que nosso trabalho missionário é fruto, primeiro de nossa resposta ao amor de Deus por sua criação e, depois, do nosso desejo de amar nossos semelhantes – aqueles que estão próximo de nós no dia-a-dia - , a fim de que sua vida – não só sua alma no futuro – seja afetada, em todas as dimensões, já a partir deste tempo presente, pelo amor de Deus manifesto em nós e através de nós.

Um incentivo missionário à multiplicação de igrejas sem a devida compreensão e consciência de que o fazemos por amor às pessoas, desejando que suas vidas, em todas as áreas, sejam envolvidas pelo amor de Deus, faz com que multipliquemos organizações eclesiásticas que mascaram as injustiças e os desamores presentes em corações de pessoas que declaram amar missões, mas agem como se não amassem o senhor das missões, nem as pessoas que são o alvo do amor do senhor das missões.


É um pecado terrível pensar que estamos ensinando uma nova igreja a ser missionária pelo fato de a ensinarmos, primeiramente, a dar ofertas para agências missionárias, desde a sua organização, sem que ela -  a novel igreja - esteja consciente e livremente convertida à crença de que dar oferta é uma, dentre “N” manifestações do amor de Deus que podemos e devemos demonstrar às pessoas em suas mais diversas necessidades.


Não ensinemos pessoas a “amar missões”, isso é pecado. Que nós as ensinemos a amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmas; que todo investimento feito como manifestação de amor pelas pessoas é investimento missionário, inclusive investimentos financeiros que visam sustentar pessoas ou agências missionárias com o objetivo de, através delas, tornar real nosso amor pelo semelhante como um ser integral em suas múltiplas dimensões.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Fim de uma etapa - Desligamento do pastorado da Igreja Batista da Graça.SSA

À Diretoria da Igreja Batista da Graça, SSA.
CC Conselho Diretor e Fiscal

Prezadas irmãs e irmãos,

“Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu: ... tempo de calar e tempo de falar ... tempo de lutar e tempo de viver em paz.”
‭‭(Eclesiastes‬ ‭3:1, 7-8‬)

Através desta, comunico minha saída do pastorado desta Igreja, a partir de 6 de outubro de 2016, conforme anúncio feito oralmente ao Conselho Diretor na reunião dessa quarta-feira, 7 de setembro de 2016.

Tenho buscado, juntamente com Gláucia Gimenes, a orientação de Deus para  nossas vidas e entendemos necessitar de um tempo, sem cargos institucionais, para enxergar com mais clareza outros caminhos que Deus está abençoando para trilhar neles.

Somos muito agradecidos a Deus por nos ter dado o privilégio de caminhar com tantas pessoas comprometidas com seu evangelho nesses quase 12 anos no pastorado desta igreja.

Desejamos muito que Deus ilumine a mente e sensibilize o coração de cada membro, especialmente de cada líder, a fim de que encontrem a pessoa adequada às necessidades espirituais e aos desafios institucionais desta igreja.

Levaremos conosco as boas lembranças desta oportunidade de servir a Deus com cada irmã e irmão.

Fraternalmente em Cristo,

Edvar Gimenes de Oliveira e Gláucia Carvalho Gimenes.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Os batistas e a liberdade de pensamento e expressão

Todos - inclusive, portanto, nós batistas e especialmente nós seus líderes - enchemos os pulmões quando dizemos que defendemos a liberdade de pensamento e de expressão - mas silenciamos e até articulamos - passiva e ativamente - contra aqueles que, quando se expressam, incomodam nosso status quo.

Digo incomodam nosso status quo, pois até quando defendemos uma doutrina, um pensamento, no fundo estamos defendendo um segmento ao qual nos unimos e nos subordinamos intelectualmente, porque nos interessa fazê-lo.

O uso de expressões como "estou defendendo o evangelho" ou "estou defendendo a Bíblia" é apenas uma forma de impressionar e até coagir os que divergem do nosso pensamento, pois o evangelho e a Bíblia não precisam de defensores. Eles - o evangelho e a Bíblia - se sustentam por sua própria natureza e a história está aí pra comprovar. Nenhuma mensagem ou livro sofreu e sofre tanto ataque quanto o evangelho e a Bíblia, mas, a despeito disso, estão aí mais vivos do que nunca, não por causa dos pseudo-defensores, mas porque a mensagem, em seu espírito, produz vida.

Os que se dizem "em defesa da fé", na verdade são defensores de uma ideologia que utiliza a força da religiosidade sobre o ser humano para se impor.

O evangelho e a Bíblia não precisam de defensores, mas de humildes e amorosos seguidores. Nisso está sua força.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Fontes ambíguas

O trigo e o joio crescem juntos.
O bem e o mal andam de mãos dadas.
O desejar e o realizar não convivem como amigos.
Da mesma fonte brotam águas doces e salgadas.
O ser e o não ser são; a negação, não.
Lamentar não adianta.
Criticar não adianta.
Assim é a vida humana e nada mudará esta realidade.
Reconhecer os fatos.
Estudar seus movimentos.
Avaliar suas consequências.
Minimizar seus impactos.
Celebrar os acertos.
Chorar os desacertos.
Seguir adiante corrigindo e perdoando.
Admitir a culpa.
Superar a culpa.
Amar a despeito da culpa.
Viver.
Querer viver.
Querer conviver.
Avançar e retroceder.
Não estancar a fonte.
Não deixar de brotar com medo do que brotar.
Jamais desistir
Se cair, se levantar.
Pelo rir, pelo chorar.
Para rir, para chorar.
Porque riu, porque chorou
Sempre para jorrar, jorrar e jorrar.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Presidenta ou presidente

Presidente ou presidenta?

A nova presidenta do STF prefere ser chamada de presidente
(http://www.implicante.org/blog/a-nova-presidente-do-stf-diferente-de-certas-pessoas-prefere-ser-chamada-de-presidente/)

Sim ela prefere. E daí?  

Vivemos numa democracia e cada um se comunica de acordo com suas ideologias. A lingua é livre e a comunicação viva.

Sim, existe um padrão legal, fruto de convenção política, e é importante que quem se submete a provas de escolaridade ou deseja participar de concursos para algo o conheça e cumpra a lei. 

Portanto, vamos diferenciar o legal do correto.

Correto é você não usar o padrão legal pra mentir, difamar, produzir sentenças injustas, escrever sentenças protelatórias que beneficiam corruptos e mantém inocentes atrás das grades. 

Correto é você que teve acesso a bons professores e escolas, não usar o padrão legal da lingua portuguesa  para humilhar aqueles que não tiveram a mesma oportunidade, discriminando-o como se tivesse o rei na barriga só porque concentrou seus esforços em obedecer rigorosamente a lei.

Correto é você conhecer que a lingua foi imposta por homens e não mulheres e que, portanto, não é destituida do machismo que, por exemplo, para referir-se a um grupo de pessoas formado por 9 mulheres e um homem, obrigado-nos a usar o gênero masculino, como se elas não estivessem presentes em maioria.

Correto é você usar sua ligua para amar, abençoar, lutar pelo direito, pela justiça em favor do empobrecido, marginalizado, explorado.

Você e eu não somos especialistas em todas as áreas da vida. Correto é reconhecer isso e usar o que sabemos para fazer o melhor visando abençoar o outro porque o outro, naquilo que faz melhor do que você, não te humilha.

O que espero da nova presidente do STF não é que ela fale presidente ou presidenta, mas que ela contrate administradores para criar processoas administrativos que agilizem a pauta; que ela modernize o seu sistema judiciário, que ela combata a corrupção, inclusive a corrupção política também existente na casa que dirigirá.

Na verdade, se é que ela pronunciou-se sobre isso, penso que deveria estar muito mais preocupada em exercer corretamente a função em favor da construção de justiça nesse emaranhado legal fomentador de injustiça do que marcar território ideológico, posição política ou preocupada com título. Afinal é paga, bem paga, com dinheiro do nosso suor, para atender as demandas de interesses públicos e não corporativos.

Gosto dela e desejo que ela faça o bem, bem melhor do que seus antecessores e antecessora (sim, eu sei que, pelo padrão legal, antecessores inclui uma antecessora, mas também gosto de quebrar esta lei)

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Das emoções aos relacionamentos interpessoais e sociais


1. Em princípio você pensa ...
... o que vê, 
... o que ouve, 
... o que cheira, 
... o que saboreia,
... o que toca.

2. Mas também você pensa:

      2.1. o que permitem que você ...
... veja,
... ouça,
... cheire,
... saboreie,
... toque.

     2.2.  o que possibilitam que você ...
... veja,
... ouça,
... cheire,
... saboreie,
... toque.

      2.3.  o que querem que você ...
... veja,
... ouça,
... cheire,
... saboreie,
... toque.

     2.4.  o que você "sente" que deve ...
... ver,
... ouvir,
... cheirar,
... saborear,
.... tocar.

3. Sempre você cruza dados e julga a partir das informações - sentimentos e pensamentos (ambos são emoções) - que foram introjetadas em sua mente ao longo de sua história de vida (inclusive quando não tinha consciência a de si mesmo, nem dominava uma linguagem oral ou escrita) através de seus sensores, seus 5 órgãos dos sentidos, suas experiências.

4. Por isso, exercite seu cérebro a:
... ver
... ouvir
... cheirar
... saborear
.... tocar ... por meios - midias - diferentes, opostos até do acostumado.

4.1. Faça isso de maneira refletida e sem medo...
4.2. Dê-se ao direito de arriscar e até de errar.
4.3. Assuma os ônus e os bônus disso.
4.4. Aceite a possibilidade de ser aplaudido ou vaiado (inclusive pelos que fazem parte dos seus círculos de relacionamentos (familiares, religiosos, acadêmicos, políticos, esportivos...); 
           4.4.1. pelos que se unem em torno do que lhes interessa e, para manterem-se unidos no que definem - às vezes em acordos silenciosos - como essencial, silenciam em torno de suas diferenças ou evitam expô-las em público para sentirem-se politica e psicologicamente mais fortes).
4.5. Não tenha medo de classificações ou rótulos como: conservador, liberal, progressista, direitista, esquerdista, etc.              
        4.5.1. Classificação é inevitável ao estudo e entendimento de qualquer tipo de sistema, inclusive social. 
        4.5.2. Rótulos são uma forma pejorativa de classificar visando agregar ou rejeitar, aproximar ou afastar. 

Então, depende de quem os usa pode ser elogio ou xingamento. 
E você reage a isso de acordo com suas carências emocionais, políticas, econômicas, religiosas, profissionais, enfim, ou seus objetivos de vida ou sua coerência ideológica, seus valores.

6. Depois avalie os dados, julgue-os e construa por si seu modo de pensar, sua cosmovisão.

7. E não se esqueça: a forma como você torna pública sua cosmovisão determina como você será visto, com quem você vai se relacionar, com quem você pode contar como amigo ou inimigo ou em que grupo será aceito ou rejeitado ou, o inevitável para todos, ambos, como na fábula dos porcos-espinhos.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Estatuto da Convenção Batista Brasileira

Estatuto da Convenção Batista Brasileira
CAPÍTULO I – DA CONVENÇÃO
Nome, Constituição e Fins
Art. 1º. A CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA, doravante denominada Convenção,
fundada em 1907, por tempo indeterminado, é uma organização religiosa, com fins
não econômicos, com sede e foro na cidade do Rio de Janeiro, RJ, na Rua José
Higino, 416 - Prédio 28 - Tijuca - CEP: 20.510-412.
Art. 2º. A Convenção é constituída de Igrejas Batistas filiadas à Convenção, situadas
no território nacional, recebidas pela assembléia Geral, observado o disposto neste
Estatuto e no Regimento Interno.
§ 1º. Para serem filiadas na Convenção, as igrejas deverão satisfazer os seguintes
pré-requisitos:
I – declarar, formalmente, que aceitam as Sagradas Escrituras como única regra
de fé e prática e reconhecem como fiel a Declaração Doutrinária da Convenção;
II – comprometer-se a dar apoio moral, espiritual e financeiro à Convenção, para
que ela atinja seus objetivos, realize os seus propósitos e cumpra as suas
finalidades;
III – pedir o seu arrolamento, por escrito, à Convenção.
IV – declarar compromisso de mútua cooperação.
§ 2º. A Convenção, por sua Assembléia Geral, tem poderes para desligar de seu rol,
qualquer Igreja que deixe de cumprir os requisitos do § 1º.
§ 3º. A Convenção reconhece como princípio doutrinário a autonomia das Igrejas
filiadas, sendo as recomendações que lhes são feitas decorrentes do compromisso
de mútua cooperação por elas assumido.
§ 4º. A relação da Convenção com as Igrejas é de natureza cooperativa, não
envolvendo obrigações outras, senão quando formalmente expressas em
documentos assinados pelas partes.
Art. 3º. A Convenção tem como objetivos fundamentais:
I – servir às Igrejas nela filiadas, e contribuir por todos os meios condizentes
com os princípios bíblicos, para aperfeiçoar, aprofundar e ampliar a ação das
Igrejas, visando à edificação dos seus membros e expansão do Reino de Deus
no mundo;
II - planejar, coordenar e administrar o programa cooperativo que mantém com
as Igrejas Batistas, nas seguintes áreas: evangelização, missões, ação social,
música sacra, educação, educação religiosa, educação ministerial e
comunicação;
III – promover a criação e manutenção de instituições religiosas, educacionais,
culturais, sociais e na área de comunicação.
IV – editar, publicar, distribuir e comercializar livros, áudio, vídeo, revistas,
jornais e outros periódicos, produzir e veicular programas através de rádio,
televisão, internet e quaisquer outros meios de comunicação, visando anunciar
o evangelho de Jesus Cristo e a edificação dos membros das Igrejas filiadas.
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Art. 4º. O programa de trabalho da Convenção é desenvolvido em quatro (4) níveis,
a saber:
I – Assembléia Geral;
II – Conselho Geral;
III – Comitês Consultivos;
IV – Organizações Executivas e Auxiliares.
Parágrafo Único – A Convenção poderá manter relações cooperativas e parcerias
com outras instituições, conforme disposto no Regimento Interno.
CAPÍTULO II – DA ASSEMBLÉIA
Realização, Câmaras Setoriais e Diretoria
Art. 5º. A Assembléia Geral ocorrerá, ordinariamente, uma vez por ano e,
extraordinariamente, quando necessário.
§ 1º. A Assembléia Geral será convocada pelo Presidente da Convenção, ou por seu
substituto legal, mediante publicação em O Jornal Batista, com a antecedência
mínima de sessenta dias, exceção feita nos casos de força maior.
§ 2º. A Assembléia Geral poderá ser realizada em qualquer parte do território
nacional.
§ 3º O local, a data e o orador de cada Assembléia Geral serão escolhidos como
previsto no Regimento Interno.
§ 4º. Quando necessário, poderá haver mudança de local, data e orador da
Assembléia Geral, mediante decisão do Conselho Geral.
Art. 6º. A Assembléia Geral, poder supremo da Convenção, é constituída dos
mensageiros credenciados pelas Igrejas a ela filiadas.
§ 1º. A Assembléia Geral será realizada com o número de sessões que se fizer
necessário.
§ 2º. A Assembléia Geral será instalada com a presença mínima de cem (100)
mensageiros.
§ 3º. O mensageiro só poderá ser credenciado por uma Igreja, da qual seja membro,
e seu credenciamento será válido apenas para aquela Assembléia Geral.
§ 4º. Com a ressalva do quorum especial, estabelecido neste estatuto, as
deliberações da Assembléia Geral serão tomadas pelo voto da maioria dos
mensageiros presentes.
Art. 7º. Para apreciar os relatórios das organizações executivas, instituições
vinculadas às organizações executivas ou auxiliares, bem como projetos sociais por
elas desenvolvidos, e outros assuntos de natureza especial, a Assembléia Geral
adotará o sistema de Câmaras Setoriais, cuja regulamentação constará do
Regimento Interno.
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Art. 8º. A Diretoria Administrativa da Convenção, eleita em Assembléia Geral
Ordinária, na forma do Regimento Interno, é composta de Presidente, Primeiro Vicepresidente,
Segundo Vice-presidente e Terceiro Vice-presidente, Primeiro Secretário,
Segundo Secretário, Terceiro Secretário e Quarto Secretário, civilmente capazes, na
forma da lei.
§ 1º. O mandato da Diretoria Administrativa eleita será de dois anos, sem direito à
reeleição no período subseqüente.
§ 2º. Caberá à Diretoria Administrativa dirigir a Assembléia Geral da Convenção.
§ 3º. Os membros da Diretoria Administrativa da Convenção não recebem
remuneração, nem participam da receita ou do patrimônio, a qualquer título, a não
ser para o reembolso de despesas efetuadas a serviço da Convenção.
§ 4º. Os empregados do Conselho Geral, seu Diretor Executivo, os Diretores das
organizações executivas, remunerados ou não, estão impedidos de ser eleitos para
cargos da Diretoria Administrativa da Convenção, da composição do Conselho
Fiscal, e dos Conselhos Administrativos de quaisquer das organizações executivas.
Art. 9º. São atribuições do Presidente:
I – cumprir e fazer cumprir o Estatuto e o Regimento Interno da Convenção;
II – convocar e dirigir a Assembléia Geral da Convenção;
III – representar a Convenção ativa, passiva, judicial ou extrajudicialmente;
fazendo pronunciamentos públicos quando necessário, podendo, ainda,
constituir procuradores com poderes específicos;
IV – presidir o Conselho Geral e as reuniões da Diretoria Administrativa;
V – participar como membro nato das organizações da Convenção;
VI – nomear e dar posse a interventores nas organizações executivas, como
previsto neste Estatuto;
VII – receber primeira e diretamente, sem intermediários, todos os relatórios e
pareceres de auditoria de quaisquer das organizações, tomando sempre em
conjunto com a Diretoria, imediatas e devidas providências quanto a
irregularidades de qualquer natureza porventura levantadas, prestando
relatório ao Conselho Geral para apreciação e homologação;
VIII – exercer as demais funções inerentes ao cargo.
Art. 10. No impedimento do Presidente, a Convenção será representada pelos Vicepresidentes,
na ordem de eleição.
Art. 11. As funções dos demais membros da Diretoria Administrativa estão previstas
no Regimento Interno.
Art. 12. A Convenção poderá eleger presidentes eméritos em caráter vitalício, na
forma do Regimento Interno.
CAPÍTULO III – DO CONSELHO GERAL
Composição, Competência e Diretor Executivo
Art. 13. O Conselho Geral da Convenção, neste estatuto, Conselho Geral, é o órgão
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responsável pelo planejamento, coordenação e acompanhamento dos programas da
Convenção e de suas organizações.
Art. 14. O Conselho Geral é constituído pelos membros da Diretoria Administrativa
da Convenção, doze (12) membros eleitos pela Assembléia Geral Ordinária da
Convenção, renovados anualmente pela quarta parte, Relatores dos Comitês
Consultivos, Presidentes das organizações da Convenção, e Presidentes e
Executivos das Convenções Estaduais ou Regionais.
§ 1º. A Convenção elegerá anualmente, em Assembléia Geral Ordinária, 3 (três)
membros suplentes para o Conselho Geral, os quais serão convocados na forma do
Regimento Interno.
§ 2º. A Diretoria Administrativa da Convenção será também a Diretoria do Conselho
Geral.
Art. 15. O Conselho Geral terá assessores, como disposto no Regimento Interno,
que participarão de suas reuniões, com direito a palavra, mas sem direito a voto.
Parágrafo Único – Os membros das igrejas batistas filiadas à CBB e devidamente
recomendados por suas igrejas, poderão participar das reuniões do Conselho Geral sem
direito a voto.
Art. 16. Compete ao Conselho Geral:
I – elaborar e gerir o planejamento estratégico da Convenção, estabelecendo
as metas e políticas de ação, de acordo com os objetivos e prioridades
determinados pela Assembléia Geral;
II – coordenar, supervisionar e avaliar o desempenho das organizações da
Convenção;
III – eleger os membros dos Comitês Consultivos e seus respectivos relatores,
estes eleitos pela Assembléia Geral
IV – eleger, nomear e exonerar os executivos das seguintes organizações:
Seminário Teológico Batista Equatorial – STBE
Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil – STBSB
Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil – STBNB
Junta de Missões Nacionais – JMN
Junta de Missões Mundiais – JMM
V – homologar os executivos das seguintes organizações:
a) União Feminina Missionária Batista do Brasil – UFMBB
b) Juventude Batista Brasileira - JBB
c) União Missionária de Homens Batistas do Brasil – UMHBB
VI – interpretar o pensamento da Convenção, de acordo com as doutrinas que
professa e os princípios que defende, perante os poderes públicos e a
sociedade, em face da realidade do mundo atual, usando para tanto, os
diferentes meios de comunicação;
VII – tomar decisões, no interregno das Assembléias Gerais, em nome da
Convenção, nas hipóteses previstas no Regimento Interno.
Art. 17. O Conselho Geral elegerá, na forma do Regimento Interno, um Diretor
Executivo, com as seguintes atribuições:
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I – administrar as finanças da Convenção, cabendo-lhe:
a) receber os valores a ela destinados;
b) fazer os pagamentos devidos;
c) distribuir os percentuais previstos no orçamento e as verbas
designadas;
d) abrir, movimentar e encerrar contas bancárias.
II – representar o Conselho Geral perante as instituições batistas e, quando
autorizado pelo Presidente, perante os poderes públicos e a sociedade.
Parágrafo Único – O Diretor Executivo do Conselho Geral é também o Diretor
Executivo da Convenção.
Art. 18. A estrutura interna do Conselho Geral, dos Comitês Consultivos, as
atribuições dos seus membros e relatores, as atribuições dos executivos das
organizações referidas no Art. 16, bem como as demais atribuições do Diretor
Executivo, constam no Regimento Interno.
CAPÍTULO IV – DAS ORGANIZAÇÕES
Finalidades, Estatutos e Conselhos Administrativos
Art. 19. Para a realização dos seus fins, a Convenção contará com organizações
executivas e auxiliares, organizações estas que farão parte dos seus Comitês
Consultivos relacionados no Regimento Interno
§ 1º. A Convenção poderá criar e manter outras organizações executivas, para
realização de fins específicos, bem como receber outras organizações auxiliares,
desde que seus objetivos e estatutos estejam em harmonia com os da Convenção,
nos termos deste Estatuto.
§ 2º. A Convenção, através do Conselho Geral, poderá atribuir às Convenções
Estaduais ou Regionais a responsabilidade de dirigir e administrar quaisquer das
suas organizações executivas, conforme convênio firmado entre as partes.
Art. 20. As organizações executivas e auxiliares farão constar, obrigatoriamente, do
respectivo estatuto, a ser aprovado pela Convenção, dispositivos estabelecendo:
I – que respeitará a letra e o espírito do Estatuto da Convenção;
II – que é condição para ser membro da organização, pertencer a uma Igreja
Batista filiada à Convenção;
III – que a organização é regida por princípios bíblicos de orientação
evangélica Batista;
IV – que a organização segue as diretrizes gerais e a orientação
programática da Convenção, devendo apresentar-lhe relatórios de suas
atividades, balanços financeiro e patrimonial, conforme estabelecido no
Regimento Interno.
V – que, no caso de dissolução, o seu patrimônio ficará pertencendo à
Convenção, ou a quem esta determinar, na forma da lei, respeitados os
direitos de terceiros;
VI – que qualquer reforma feita no seu estatuto só entrará em vigor depois
de aprovada pela Convenção, em Assembléia Geral, mediante prévio
parecer do Conselho Geral.
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VII – que é vedado o uso do nome da organização em fianças e avais.
Parágrafo Único – No caso de reforma de Estatuto e Regimento da Convenção, as
organizações executivas e auxiliares promoverão, imediatamente, em seus
Estatutos e Regimentos, as devidas adequações.
Art. 21. As organizações executivas da Convenção referidas no Art. 16 inciso V e
auxiliares serão administradas por seus Conselhos Administrativos.
§ 1º. As diretorias das organizações referidas no caput serão eleitas na forma dos
seus Estatutos e/ou Regimentos.
§ 2º. Os membros dos Conselhos Administrativos das Organizações e dos Comitês
Consultivos não poderão receber remuneração.
CAPÍTULO V – DA AVALIAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES
Supervisão, Intervenção e Dissolução
Art. 22. A Convenção, por seu Conselho Geral, tem legitimidade para exercer o
gerenciamento e a supervisão das suas organizações executivas e auxiliares.
Art. 23. Mediante iniciativa da sua Diretoria, o Conselho Geral poderá intervir em
quaisquer organizações, executiva ou auxiliar, nas situações de emergência,
descontrole administrativo e grave crise econômico-financeira, as quais venham a
pôr em risco o patrimônio da própria organização e da Convenção.
§ 1º. A decisão de intervenção, de prerrogativa exclusiva do Conselho Geral, será
tomada depois de ouvida a organização em causa.
§ 2º. O quorum para aprovação da intervenção será de maioria absoluta na sua
instalação e com votação favorável da maioria absoluta dos membros presentes à
reunião.
Art. 24. Durante a intervenção, a Diretoria do Conselho Geral ou uma comissão
especial por este constituída, terá a responsabilidade de administrar a organização.
§ 1º. Enquanto durar a intervenção na organização, os membros do seu conselho
administrativo não participarão das decisões.
§ 2º. Uma vez aprovado o ato de intervenção pelo Conselho Geral, o Presidente,
ouvida a Diretoria, nomeará um interventor que tomará posse imediatamente, com o
conseqüente afastamento do diretor ou executivo, observados os dispositivos legais
pertinentes.
§ 3º. A intervenção não eximirá o presidente, diretor ou executivo e os membros do
seu conselho administrativo de qualquer responsabilidade perante a lei e a
Convenção.
Art. 25. A Convenção tem legitimidade para dissolver quaisquer de suas
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Organizações Executivas, por iniciativa da Assembléia Geral ou do Conselho Geral,
nas seguintes hipóteses:
I – quando a organização não mais estiver cumprindo as finalidades e
objetivos para os quais foi criada;
II – quando se encontrar em grave situação econômico-financeira e de gestão
administrativa que inviabilize a sua continuidade;
III – quando for julgado conveniente, pela Assembléia Geral, a sua
transformação, divisão, fusão ou incorporação por outra organização da
própria Convenção.
Art. 26. Uma vez aprovada a dissolução da organização, pela Assembléia Geral da
Convenção, o Conselho Geral ficará investido de poderes para nomear o seu
liquidante.
Parágrafo Único – O liquidante da Organização, que passará a representá-la em
juízo ou fora dele, exercerá o seu mandato, sob a orientação do Conselho Geral, de
tudo prestando-lhe relatórios periódicos ou quando solicitado a fazê-lo.
CAPÍTULO VI – DO CONSELHO FISCAL
Função e Composição
Art. 27. O Conselho Fiscal, eleito pela Assembléia Geral, é o órgão responsável pela
fiscalização econômico-financeira e patrimonial do Conselho Geral e das
organizações executivas e/ou auxiliares.
Art. 28. A constituição do Conselho Fiscal e suas atribuições constam no Regimento
Interno.
CAPÍTULO VII – DOS BENS
Receita e Patrimônio
Art. 29. A receita da Convenção é constituída de contribuições das Igrejas,
convenções estaduais e regionais, doações, legados e rendas de procedência
compatível com os seus princípios.
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Art. 30. O patrimônio da Convenção é constituído de bens móveis, imóveis e outros,
só podendo ser utilizado na consecução de seus fins estatutários.
§ 1º. As doações e legados feitos à Convenção ou a qualquer de suas organizações
integram o respectivo patrimônio, não podendo ser reivindicados pelos doadores,
seus herdeiros e sucessores ou por terceiros.
§ 2º. As referidas doações e legados serão utilizados de acordo com as finalidades
da Convenção.
Art. 31. Qualquer ato que importe em alienação ou oneração de bens imóveis da
Convenção e de suas Organizações dependerá de sua prévia autorização ou do
Conselho Geral na forma do Regimento Interno.
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Parágrafo Único – É vedado o uso do nome da Convenção e de suas organizações
em fianças e avais.
Art. 32. A guarda e o zelo do patrimônio do Conselho Geral e das organizações
executivas e auxiliares, bem como a gestão das receitas, serão de responsabilidade
dos seus executivos, presidentes e diretores dos conselhos.
Parágrafo Único – Os executivos, presidentes e diretores das organizações
executivas e auxiliares responderão pelos danos que derem causa, na forma da
legislação vigente.
CAPÍTULO VIII – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 33. A Convenção tem legitimidade para ingressar em juízo como autora,
assistente, opoente, terceira interessada ou substituta processual, nas seguintes
hipóteses:
I – defesa dos princípios e da fé Batista, nas situações que envolvam
quaisquer das Igrejas Batistas inscritas na Convenção;
II – defesa do patrimônio e bens das referidas Igrejas, sejam móveis, imóveis,
veículos e semoventes;
III – defesa dos interesses do seu patrimônio, em geral, assim como dos
direitos de que venha a tornar-se titular, mediante doações e legados.
Art. 34. A Convenção não responde solidária nem subsidiariamente por quaisquer
obrigações assumidas para com terceiros, por suas organizações, pelas Igrejas que
com ela cooperam ou mensageiros às suas Assembléias Gerais, nem estes
respondem entre si e solidariamente por obrigações contraídas por qualquer um
deles.
Parágrafo Único – De igual modo, os membros da Diretoria Administrativa da
Convenção não respondem, nem mesmo subsidiariamente, por obrigações
contraídas pela Convenção.
Art. 35. O Jornal Batista e o Portal Batista são órgãos oficiais da Convenção.
Art. 36. As normas constantes deste Estatuto serão regulamentadas pelo Regimento
Interno.
Parágrafo Único – A Convenção poderá adotar manuais para fins específicos, tais
como, Regras Parlamentares, Hospedagem, Fundos Especiais e outros.
Art. 37. O exercício financeiro da Convenção e de suas organizações terá início em
1º de outubro e terminará em 30 de setembro do ano seguinte.
Art. 38. Este Estatuto consolida o Estatuto anterior nos artigos não reformados, e
entrará em vigor após a aprovação da Convenção, só podendo ser reformado em
Assembléia Geral, de cuja convocação conste reforma de estatuto e regimento
interno, mediante decisão tomada até o penúltimo dia da Assembléia Geral.
§ 1º. A proposta de reforma a este Estatuto será elaborada pelo Conselho Geral ou
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comissão especial eleita pela Assembléia Geral.
§ 2º. São irreformáveis os dispositivos que tratam da fidelidade aos princípios
bíblicos e obediência à orientação doutrinária Batista, constantes dos artigos 2º, I,
3º, I, e 20, III.
Art. 39. Para a dissolução da Convenção será necessário que votem
favoravelmente, em duas Assembléias Gerais consecutivas, pelo menos, quatro
quintos (4/5) dos mensageiros arrolados.
Parágrafo Único – No caso de ser a dissolução aprovada, o patrimônio da
Convenção, resguardados os direitos de terceiros, será destinado a outra
organização da mesma fé e ordem, existente no território nacional, a critério da
Assembléia Geral que a dissolver.
Rio de Janeiro, 25 de Janeiro de 2013.