terça-feira, 22 de abril de 2014

Geração Graça e a experiência litúrgica


Linhas gerais do que pretendemos com culto infantil no domingo à noite na sala 1.10
Inicio 11 de maio – Dia das Mães – 19hs


Indiscutíveis os benefícios do projeto  “Geração Graça” às crianças e à Igreja. Um projeto dominical com 3 horas de duração, envolvendo momentos de cânticos, oficinas variadas, classes de histórias bíblicas, brinquedoteca, etc, não poderia deixar de ser bênção para todos os participantes, das crianças aos adultos voluntários.

O que nos chamou a atenção, entretanto, foi avaliar e concluir que nossas crianças recebem esta grande bênção aos domingos pela manhã, na IBG e chegam à adolescência sem uma experiência litúrgica sólida. É que a igreja não oferecia, até aqui,  alternativa para elas à noite e mantê-las em culto de adultos durante 90 minutos é um desafio.


Em face disso, decidimos oferecer uma alternativa de CULTO INFANTIL na parte da noite, com início e fim coincidindo com o horário do prestado pelos adultos, na sala 1.10, também conhecida como sala de Oração do piso um, no corredor da educação, entre os sanitários masculino e feminino.

 A idéia é:

1.       Ter um supervisor – pastor de crianças - responsável geral pela atividade que terá 90 minutos de duração;

2.       Ter uma equipe de suporte – um adulto para cada 10 crianças - se revezando dominicalmente;

3.       Ter uma equipe de crianças treinadas e supervisionadas na:

3.1. Elaboração do programa do culto – assunto e liturgia – que siga o calendário de ênfases da IBG, como meses de missões, natal, aniversário da IBG, EBD ou dias como das mães, da mulher, do pastor, dos pais, etc.
3.2. Escolha e ensaio das músicas do louvor, sob a liderança de equipe de adolescentes de 13 a 15 anos que passaram pelo “Geração Graça” e se destacaram na música,  mesclada com crianças;
3.3. Escolha de solistas, duplas, trios, quartetos ou corais infantis para apresentarem mensagem dominical;
3.4. Escolha de instrumentistas crianças ou adolescentes para servirem de apoio;
3.5. Escala do (a) pregador (a) infantil de cada domingo;
3.6. Escala do recolhimento e contagem dos dízimos;
3.7. Escala de crianças para oração;
3.8. Escolha de adulto para ao final do culto dar uma palavra que resume o aprendizado daquele culto;


A idéia, portanto, não é ter adultos para fazer culto para as crianças, mas ter adultos ensinando e supervisionando crianças na elaboração e execução do culto e se responsabilizando apenas por uma palavra de 10 minutos, ao final, resumindo o que foi aprendido e desafiando as crianças ao desafio.


Este é um sonho antigo do qual gostaria de participar pessoalmente, como pastor, no mínimo uma vez por mês. E você, poderá nos ajudar na realização deste sonho?

terça-feira, 15 de abril de 2014

E a vida continua

Se há uma lição evidente na narrativa bíblica relacionada à ressurreição de Jesus, essa é a de que a vida continua. O texto nos diz que Jesus foi crucificado, morreu, foi sepultado e ao terceiro dia ressuscitou.

Sim a vida continua. Assim tem sido ao longo de milhões de anos, não só em relação à vida humana, mas também em relação a todas as suas múltiplas manifestações. Elas estão aí e a história, como a concebemos e conhecemos, comprova.

Ninguém pense que a morte é o fim da vida. A morte é uma atriz coadjuvante que tão somente evidencia a robusta realidade da vida. Vida e morte são apenas duas faces de uma mesma moeda que coexistem. Assim como não há moeda de uma face só, também não há como separarmos os fenômenos “vida e morte”.

Não morremos. Apenas nos transformamos. Isso não é um discurso religioso de consolo, de “autoajuda”. É um fato. O russo Mikhail Lomonossov  teria reconhecido o princípio da conservação, 14 anos antes de Antoine Laurent de Lavoisier grafar:  “Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.  Mas, se preferimos a linguagem bíblico-religiosa, eis as palavras de Paulo:

“Mas alguém pode perguntar:
"Como ressuscitam os mortos?
Com que espécie de corpo virão? "

Insensato!
O que você semeia não nasce a não ser que morra.
Quando você semeia, não semeia o corpo que virá a ser, mas apenas uma simples semente, como de trigo ou de alguma outra coisa.
Mas Deus lhe dá um corpo, como determinou,

e a cada espécie de semente dá seu corpo apropriado.

Nem toda carne é a mesma:

os homens têm uma espécie de carne,
os animais têm outra,
as aves outra,
e os peixes outra.
Há corpos celestes e

há também corpos terrestres;
mas o esplendor dos corpos celestes é um,
e o dos corpos terrestres é outro.
Um é o esplendor do sol,

outro o da lua,
e outro o das estrelas;
e as estrelas diferem em esplendor umas das outras.

Assim será com a ressurreição dos mortos.

O corpo que é semeado é perecível e ressuscita imperecível;
é semeado em desonra e ressuscita em glória;

é semeado em fraqueza e ressuscita em poder;
é semeado um corpo natural e ressuscita um corpo espiritual.

Se há corpo natural, há também corpo espiritual.”
( I Cor. 15:35-44)

Embora a vida tenha poder natural de recuperação, nós, seres humanos, cooperamos para que ela “floresça” ou “murche”. E, lamentavelmente, temos contribuído mais para sua destruição do que para sua manutenção e fortalecimento.

A ressurreição de Jesus, entretanto, está aí para revigorar nossa esperança. A morte é apenas uma curva acentuada na trajetória da vida, jamais o retrato do fim. Pelo contrário, marca o início de outra forma de vida. Nesse sentido Jesus também se pronunciou:

“Digo-lhes verdadeiramente que,
se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, continuará ele só.
Mas se morrer, dará muito fruto.”
(Jo. 12.24)

Se isso é verdade no plano físico, não o é menos, no plano espiritual. Mesmo que o viver de um ser humano ou de toda uma sociedade apresente mais sinais de morte do que de vida, a ressurreição nos lembra de que se nos “aliarmos” a Deus em favor da vida, ela prevalece sobre a morte. E a morte final não será vista como final, mas como um reinício noutro formato.

Nesse espírito, celebremos a ressurreição de Jesus, pois, além do significado teológico salvífico que nos traz, há nela também um significado existencial, psicológico, não menos importante, que nos inspira a continuar investindo nesta dádiva denominada vida abundante, alcançada em Jesus, o Cristo.

-- 

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Campanha para Reforma da Cozinha–refeitório - CECOM / Igreja Batista da Graça.SSA

Há quase 10 anos iniciamos um processo de revitalização patrimonial estratégica que constou de: 

1) expansão da área de estacionamento, novo cercado e guarita; 
2) novo corredor de acesso  ao edifício de educação; 
3) novos sanitários; 
4) cantina; 
5)recuperação de todas as salas de aula; 
6)  climatização delas;  
7) construção de novo berçário; 
8) construção 6 salas novas;  
9)  bateria de chuveiros coletivos; 
10) dois kitnets; 
11) revitalização do auditório, inclusive projeto acústico; 
12) novo espaço para livraria, biblioteca e cantina mais ampla; 
13) reforma da praça do auditório;
14) rampas de acesso à praça da Graça e à Unidade de Saúde;
 15) salão de jogos e
16) quadra esportiva e 
17) restauração da iluminação do estacionamento; 
18) recuperação da estrutura metálica da cobertura da Praça da Graça.

Há ainda 5 itens para que o processo todo se complete: 
1) reforma da cozinha refeitório; 
2) colocação de cerâmica na rampa de acesso à Unidade de Saúde, com uma manta asfáltica para eliminar infiltração na sala de jogos;
3) Vestuários e sanitários da quadra esportiva; 
4) colocação de manta asfáltica na cobertura da Unidade de Educação;
5) restauração da Praça da Graça e  
6) recuperação da fachada externa de todo o prédio composto de 7 blocos com até 5 pisos cada. 

São projetos de custo infinitamente mais baratos do que o que fizemos até aqui e trarão grandes benefícios práticos à caminhada do CECOM e da Igreja.

BENEFÍCIOS ESTRATÉGICOS DA COZINHA-REFEITÓRIO

O que iniciaremos agora é a reforma da cozinha-refeitório.  Ela possibilitará: 

1)  aulas de empreendedorismo na área de alimentos que vão desde a produção até administração e comercialização de alimentos (já recebemos um kit-cozinha completo e novo) promovidas pelo CECOM; 
2) espaço adequado para refeições dos funcionários do CECOM e IBG; 
3) atividades de culinária do Geração Graça; 
4) melhores condições para hospedagem de eventos diversos do CECOM e da IBG;
5) pequenas reuniões de grupos do CECOM e da IBG, seguidas de lanche; 
6) realização de pequenas festas de aniversário ou casamento (além da Praça da Graça); 
7) espaço adequado para produção de refeições para grandes ou pequenos encontros de comemorações do CECOM e de comunhão da IBG; 
8) condições mais adequadas para realização de encontro de jovens, amigos e casais com Cristo;
9) e ainda teremos o Terraço da Graça, um novo espaço multiuso criado na cobertura da cozinha-refeitório.

Além da melhoria operacional das atividades do CECOM e da IBG nessas áreas e da consequente melhoria nos canais de convivência e comunhão da Igreja e na evangelização,  o CECOM poderá se beneficiar com receitas oriundas do uso do espaço para atividades particulares, agendadas dentro das normas estabelecidas e, quem sabe, não tenhamos um pequeno restaurante oferecendo serviços à igreja aos domingos e durante a semana!

Queremos ter um espaço muito limpo, bem iluminado e com acabamento fino, criando um ambiente no qual desde o mais empobrecido ao mais enriquecido, todos se sintam muito bem.

Parta isso precisamos de duas coisas: 1) que os não dizimistas se comprometam a ser; 2) que todos definamos um valor extra que poderá ofertar nestes 3 meses, o qual poderá ser dado em até 3 parcelas.

Preencha a ficha anexa (nome, e-mail, telefone, valor, datas e sua relação com a IBG (membro, agregado ou visitante)). Nesta semana iniciaremos pela fé, mais esta obra.

Assim sendo, solicitamos que você se coloque diante de Deus em oração, peça a ele que o ajude a enxergar os benefícios desta obra para o desenvolvimento do seu reino através da IBG e CECOM e “lembre-se: aquele que semeia pouco, também colherá pouco, e aquele que semeia com fartura, também colherá fartamente. Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria.E Deus é poderoso para fazer que lhes seja acrescentada toda a graça, para que em todas as coisas, em todo o tempo, tendo tudo o que é necessário, vocês transbordem em toda boa obra.”(IICor.9:6-8)

domingo, 6 de abril de 2014

"As rosas não falam" (ou, quando a dor individual é necessária ao bem-estar coletivo)

Se alguém diz que sente prazer quando fere o outro, ou é sádico ou está dominado por profundo sentimento de vingança, fruto, por exemplo, de injustiça, desrespeito ou humilhação que acredita ter sofrido.

Não faz parte dos objetivos de vida das pessoas em estado minimamente saudável, querer ferir, até porque sabem que, como dizia sua avó, "que com ferro fere, com ferro será ferido".

A convivência humana, conquanto traga consigo um potencial diversificado e imenso de experiências prazerosas, é acompanhada de elemento pontuais, pontiagudos, que machucam, fazem sangrar e até matam.

Digredindo.



A rosa é um dos mais interessantes exemplos disso. Apreciamos rosas. Paramos para olhar quando nos deparamos com uma. A estética produz prazer. Basta um olhar. O olhar não exige maior aproximação. 

Além da estética,  a rosa também nos proporciona prazer pelo olfato. Seu perfume é agradável, por isso o inalamos com produndidade, seguindo-se, geralmente, algum tipo de exclamação.

O paladar também pode ser usado para extrairmos prazer da rosa. Chás de rosa são conhecidos por sua leveza, suavidade, sabor e aroma. Fala-se também do mel de rosas, mas nunca experimentei.

Além da estética, do perfume e do sabor, a rosa também possibilita um outro meio de prazer: o tato. (Quem nunca pegou uma e a roçou levemente no nariz, deslizando pelo rosto, que atire a primeira pétala). Isso porém exige aproximação máxima. Mais do que isso, exige que seja pega pelo caule e aqui reside um problema. Parece que, consciente de sua libidinosidade, sua força atrativa, ela criou algo em si que nos alerta: espinhos. Sem eles, elas poderiam ser "mal-tratadas" e mais facilmente destruidas pelo instinto possuidor alheio.

As rosas, então, oferecem tudo que o ser humano gosta, mas não tudo que o ser humano precisa. As rosas, já dizia e cantava Cartola, não falam! Se falassem, estragaria a magia! Sim, pois falar e ouvir exige perfeição. Por falta dela - da perfeição -, diria o autor bíblico, tropeçamos.

As palavras são um diferencial que nos torna melhores e piores do que as rosas. Com boa autoestima e cuidado próprio, podemos proporcionar ao outro tudo que uma rosa oferece. (E se tivermos boa vontade para cultivar ou dinheiro pra comprar o que nos é oferecido para melhoria do espírito, do intelecto, do corpo, etc, nos tornamos imbatíveis!). Mas, as palavras...

As palavras veiculam informações que nos fazem reagir com alegria ou tristeza, prazer ou dor, aproximação ou afastamento, aceitação ou rejeição. O tom e volume usados para pronunciá-las evidenciam o tipo do nosso caráter em sentido psicológico; o tipo de relação que está se estabelecendo entre pessoas e o objetivo que se quer alcançar ao usá-las. Quanto menos os corações estão afinados, mais elevado é o volume de voz; quanto mais afinados, menos precisamos dela.

Voltando à idéia inicial.

Nos ferimos e isso já sabemos. A questão que me fez viajar nas palavras é que as feridas causadas por quem está em evidência, liderando, podem ser em maior quantidade do que de quem está em situação oposta. Ferir não é essencial, nem inerente ao exercício da liderança, porém, muita vez, o líder se encontra em circunstâncias nas quais precisa escolher entre ferir um ou muitos, uns ou todos.

Didaticamente falando, quando um líder percebe que um está fazendo mal a todos e após dialogar percebe que esse um não manifesta sinais de mudança de atitude, resta-lhe decidir pelo mal menor que é, se inevitável, ferir um pra proteger o todo. Quanto mais essa decisão é adiada, mais profundas poderão se tornar as feridas da coletividade. 

Se a política do bem-estar próprio está acima dos interesses da coletividade, este líder adia sua decisão e se beneficia da função, sugando tudo que pode, até o bagaço. 

Portanto, avalia-se o resultado das ações de um líder não somente destacando a natureza dos ferimentos e a quantidade dos que se sentiram feridos, mas também a natureza e quantidade dos que deixaram de ser feridos pelas ações de quem foi afastado.

A ênfase a indivíduos feridos, em detrimento da coletividade sujeita aos ferimentos por eles provocados é equivocada e coloca em dúvida a finalidade da avaliação.

Uma rosa é muito importante, mas, se sendo cuidada não apresentar melhoras, é podada quando apresenta riscos comprovados ao jardim. Elas podem não falar, mas ferem!

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Jejum


Jejum não é magia, não é abracadabra. Deus não se dobra à greve de fome. 


Jejum é manifestação humana, é simbolismo, é demonstração de foco em uma necessidade espiritual, em detrimento da corporal.



É iniciativa individual, brotada de um coração contrito, não um programa eclesiástico, movido à base de propaganda.



É um ato secreto de quem, ao sair "do quarto", lava o rosto, coloca um sorriso nos lábios, pois sabe em quem tem crido e não precisa fazer publicidade.



Não é uma alavanca que move o coração de Deus. É um coração alavancado pela confiança em Deus.



Tenho dito! Bons dias!

Pastores de referência


Um dia desses um pastor da minha idade lamentava, em tom crítico, que não temos mais pastores "de referência", como antigamente.

Lembrei-lhe, então, que eles ou morreram ou sairam de cena e a desafiadora realidade é que agora somos nós, da nossa faixa etária, que temos que ter consciência de que uma geração de pastores jovens tá surgindo, buscando pastores da nossa idade pra se espelharem.

Ficamos órfãos e nos tornamos "pais". Não adianta chorar a orfandade. 

A questão é: que tipo de referência somos? "... ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova." (Mateus 15:14 ARC)

Não era primeiro de Abril


Uma, suponho, professora, há pouco, num corredor totalmente descongestionado de um confortável Supermercado climatizado, conversando ao celular:
- Já chegou algum aluno aí? É que tô aqui num congestionamento danado e não sei se chegarei a tempo.

Lembrei-me de João Cabral de Melo Neto: "O cidadao que nasceu com a aptidao pra usar as palavras, a primeira obrigação dele é dizer a verdade"

Convivendo com incertezas


"É por isso que sofro essas coisas. Mas eu ainda tenho muita confiança, pois sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar, até aquele dia, aquilo que ele me confiou." (2 Timóteo 1:12 NTLH)

Este hino norteou minha adolescência e juventude, como meu segundo preferido do "Cantor Cristão". 

Talvez ali me preparava para conviver pacificamente com incertezas ao optar pela luta por ideais em vez da passividade.

Sim, aprendi a conviver com incertezas e a não condicionar minhas certezas presentes a incertas garantias futuras.

"Sou como um barquinho cruzador, mas quem me conduz, é o Senhor"

Ninguém pense que estará me fazendo mal ao tirar-me alguma coisa ou de alguma situação tida como boa. Será perda de tempo. Continuarei feliz com o que estiver em minhas mãos, mesmo que seja o nada; com o espaço que me sobrar, mesmo que seja lugar nenhum, pois não é nisso que decidi colocar minha confiança. Foi uma d e c i s ã o consciente!