quinta-feira, 14 de junho de 2012

O gigante das drogas vencido pela oração - 14.06.12 - 53/100 dias de oração pelo Brasil

Sempre que necessário repito: a oração não tem poder em si. Quem tem poder é Deus.
A oração é meio de comunicação espiritual. Nela falamos ao coração de Deus e Deus fala ao nosso.
É uma via de mão dupla.

Oração não é uma alavanca, por nós manipulada, que move o coração de Deus, simplesmente porque oração não é magia.
Para alguns, assim como na magia pretende-se dominar as leis da natureza de forma mística, na oração, há quem procure dominar o coração de Deus.
Jamais, entretanto, dominaremos o coração de Deus.
Deus é livre e soberano.
Por ser livre e soberano age segundo seu querer e não segundo o nosso.

Em Jesus, porém, Deus se revela como o Deus que é amor e permite que nos relacionemos de forma íntima e amorosa com Ele.
Por que, sendo amor, não responde nossos pedidos na forma e no tempo que desejamos? 
Por que responde determinados pedidos e não outros?
Por que podemos passar a vida inteira, orando diariamente, sem a resposta desejada e, em outros casos, a relação entre um pedido e o acontecimento é tão visivelmente extraordinária que nenhuma dúvida paira em nós?
Não sei.
Reconheço apenas que isso faz parte do mistério divino.

O fato de não controlarmos seu querer para que a coisas sejam do jeito que queremos, e até precisemos, não é prova de que ele não se interessa por nós, não se relaciona conosco, muito menos que não devamos orar, inclusive pedindo.

Sei, seguramente, que é bom e, por isso, devemos viver em comunhão com ele, e orar, não em função das respostas favoráveis que obtemos, mas pela comunhão, pela paz, que experimentamos.
A experiência de comunhão com Deus elimina o sentimento de solidão existencial, revigora nossa esperança e alimenta nossa confiança para enfrentarmos os desafios da vida
Essa experiência anima o sentido da nossa existência.

Mas não é só a experiência que nos motiva à comunhão e à oração. A fé é essencial. Há momentos em que o que experimentamos depõe contra nossa relação com Deus. Nesses momentos a fé é o sentimento, a disposição, que nos mantém firmes. Não vemos, não percebemos, mas reconhecemos que ele não nos abandona, ainda que andemos "pelo vale da sombra da morte". Quem nunca passou "pelo vale da sombra da morte"?

Deus é muito mais do que conhecemos e, na verdade, nem teríamos capacidade para conhecê-lo em sua plenitude.
Nem capacidade, nem necessidade.Necessitamos ser humanos, não deuses.Tudo que precisamos saber sobre Deus é aquilo que é necessário para nos realizarmos como humanosPor isso, em Cristo Jesus, Deus se revelou naquilo que precisamos saber dele para vivermos.

 Digo tudo isso pra dizer que não devemos deixar de orar pela vida de um viciado em drogas.Orar, como dizia um mestre, como se tudo dependesse de Deus e agir, como se tudo dependesse de nós.Isso porque, se nem sempre a oração é respondida como almejamos, na oração sincera somos estimulados a servir e, consequentemente, buscar soluções através de capacidades e meios dados a nós por Deus.

 As razões de cada usuário de drogas não são as mesmas. Porém, se nosso amor por eles for o mesmo que experimentamos na comunhão com Deus, certamente agiremos no sentido de ajudar na cura usando os melhores meios disponíveis. 

Abraços do seu pastor,

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