sábado, 1 de agosto de 2009

Santidade no casamento

1 Coríntios 7.12-17
“Porque o marido incrédulo é santificado pela mulher e a mulher incrédula é santificada pelo marido crente; de outro modo, os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos” (v.14).

Mais do que fusão de corpos, casamento é fusão de vidas. Costumes, valores, sentimentos e pensamentos vivem em permanente intercâmbio possibilitando um continuo ato de influência mútua.

De ambas as parte provém elementos que fortalecem e que enfraquecem a relação. Obviamente, o desejável é que as influências que tornam a vida a dois mais saudável prevaleçam sobre as que tornam a caminhada doentia.

Paulo ensina que a parte cristã da relação santifica a não cristã. Mas isso, sabemos nós, não é resultado do compromisso jurídico, seja este assinado perante um juiz ou mesmo pactuado numa cerimônia religiosa com efeito civil. A dica bíblica para que tal influência aconteça vem de Pedro (I Pd 3.7).

Para ele uma mulher pode ajudar seu marido a tornar-se obediente à palavra, colocando o cuidado com suas atitudes acima da preocupação com a aparência física. Observe-se que ele não ensina que um – o cuidado com atitudes – anula o outro – o cuidado com o corpo. A prioridade é que deve ser observada.

Já ao marido, a recomendação é que a sabedoria no trato com a esposa seja a preocupação primeira. Além disso, a orientação é que ela seja tratada com honra. Numa sociedade em que mulher não tinha os direitos conhecidos hoje, tal conselho é algo extraordinário.

A santificação experimentada pelo cônjuge, portanto, não é automática. Ela resulta da prática cuidadosa de princípios da palavra de Deus. Sobretudo, para alcançar-se a santificação, são essenciais a predisposição e a determinação da parte cristã. Estes dois elementos colocados nas mãos de Deus resultarão em santificação que beneficia a todos na família.

(Texto produzido para a Revista Manancial, da UFMBB e publicado na 1ª quinzena de maio)

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